4.6. Gerenciamento de máquinas virtuais¶
Cada máquina virtual (VM) é um sistema independente com um conjunto independente de hardware virtual. Seus recursos principais são os seguintes:
Uma máquina virtual assemelha-se e funciona como um computador comum. Tem seu próprio hardware virtual. Os aplicativos de software podem funcionar nas máquinas virtuais sem qualquer modificação ou ajuste.
A configuração da máquina virtual pode ser alterada facilmente, ou seja, adicionando-se novos discos virtuais ou memória.
Embora as máquinas virtuais compartilhem recursos físicos de hardware, elas ficam totalmente isoladas umas das outras (sistema de arquivos, processos, variáveis sysctl) e do nó de computação.
As máquinas virtuais podem executar qualquer sistema operacional convidado compatível.
A tabela abaixo lista os limites atuais de configuração de máquinas virtuais:
Recurso |
Limite |
---|---|
RAM |
1 TiB |
CPU |
48 CPUs lógicas |
Armazenamento |
15 volumes, 512 TiB cada |
Rede |
15 NICs |
Uma CPU lógica é um núcleo (thread) de um processador multinúcleos (multithreading).
4.6.1. Sistemas operacionais convidados compatíveis¶
Os seguintes sistemas operacionais convidados foram testados e são compatíveis com máquinas virtuais:
Sistema operacional |
Edição |
Arquitetura |
---|---|---|
Windows Server 2019 |
Essentials, Standard, Datacenter |
x64 |
Windows Server 2016 |
Essentials, Standard, Datacenter |
x64 |
Windows Server 2012 R2 |
Essentials, Standard, Datacenter |
x64 |
Windows Server 2012 |
Standard, Datacenter |
x64 |
Windows Server 2008 R2 |
Standard, Datacenter |
x64 |
Windows Server 2008 |
Standard, Datacenter |
x64 |
Windows 10 |
Home, Professional, Enterprise, Enterprise 2016 LTSB |
x64 |
Windows 8.1 |
Home, Professional, Enterprise |
x64 |
Windows 7 |
Home, Professional, Enterprise |
x64 |
Sistema operacional |
Arquitetura |
---|---|
CentOS 7.x |
x64 |
CentOS 6.x |
x64 |
RHEL 8.x |
x64 |
RHEL 7.x |
x64 |
Debian 9.x |
x64 |
Ubuntu 18.04.x |
x64 |
Ubuntu 16.04.x |
x64 |
4.6.2. Como criar máquinas virtuais¶
Antes de continuar e criar máquinas virtuais, verifique se você tem o seguinte:
a origem de um SO convidado (consulte Gerenciamento de imagens):
uma imagem ISO de distribuição do SO convidado para instalar a VM ou
um modelo de volume de inicialização ou
um volume de inicialização
Nota
Para obter um volume de inicialização, crie um volume conforme descrito em Gerenciamento de volumes, anexe-o à VM, instale um sistema operacional e exclua a VM.
Uma política de armazenamento para os volumes (confira Como gerenciar políticas de armazenamento)
Uma versão (confira Como gerenciar versões)
Uma ou mais redes virtuais (confira Gerenciamento de redes virtuais)
Uma chave SSH (confira Como gerenciar chaves SSH)
Nota
Especifique uma chave SSH somente se criar VMs a partir de um modelo ou um volume de inicialização.
Nota
As máquinas virtuais serão criadas com o modelo de CPU do host por padrão. Ter nós de computação com CPUs diferentes poderá causar problemas de migração. Para evitá-los, defina manualmente o modelo da CPU de todas as VMs, conforme descrito no Guia da linha de comando do administrador.
Para criar uma VM, faça o seguinte:
No COMPUTE > Virtual machines > VIRTUAL MACHINES tab, clique em Criar máquina virtual. Será aberta uma janela onde você deverá definir os parâmetros da VM.
Defina um nome para a nova VM.
Em Implantar de, escolha Volume se você tiver um volume de inicialização ou quiser criar um novo. Caso contrário, escolha Imagem.
Dependendo da sua opção, clique no ícone do lápis na seção Volumes ou Imagem e execute uma destas operações:
Na janela Imagens, selecione a imagem ISO ou o modelo e clique em Concluído.
Na janela Volumes, execute uma destas operações:
Se você tiver preparado um volume com um SO convidado instalado, clique em Anexar, encontre e selecione um volume e clique em Concluído.
Opcionalmente, na janela Volumes, clique em Adicionar ou Anexar para criar ou anexar quaisquer outros volumes que precisar. Para selecionar um volume como reinicializável, coloque-o no primeiro lugar da lista clicando na seta para cima ao lado do volume.
Na janela Versão, escolha uma versão e clique em Concluído.
Na janela da rede, clique em Adicionar, selecione uma interface de rede virtual e clique em Adicionar. Ela aparecerá na lista Interfaces de rede.
Você pode editar parâmetros adicionais de interfaces de rede recém-adicionadas, como endereços IP e MAC e proteção contra falsificação. Para fazer isso, clique no ícone de reticências da interface, selecione Editar e defina os parâmetros na janela Editar interface de rede.
Esses parâmetros não poderão ser editados posteriormente. Em vez disso, você poderá excluir a antiga interface de rede e substituí-la por uma nova.
Clique em Concluído.
(Opcional) Se você vai implementar uma VM a partir de um modelo ou volume de inicialização (não uma imagem ISO), poderá definir o seguinte:
Uma chave SSH a ser injetada na VM. Para isso, selecione uma chave SSH na janela Selecione uma chave SSH e clique em Concluir.
Nota
Para poder se conectar à VM via SSH, verifique se o modelo ou volume de inicialização da VM possui o cloud-init e o OpenSSH instalado (confira a seção “Criando modelos habilitados para SSH” no Guia da linha de comando do administrador).
Dados do usuário para personalizar a VM após o lançamento. Para isso, crie um script no campo Script de personalização ou procure um arquivo no servidor local para carregar o script.
Você pode definir os dados do usuário em dois formatos: cloud-config ou shell script. Para injetar um script em uma VM do Windows, consulte a documentação do Cloudbase-Init.
Nota
Para que o SO convidado possa ser personalizado, verifique se o modelo da VM ou o volume de inicialização tem o cloud-init instalado.
De volta à janela Criar máquina virtual, clique em Implantar para criar e iniciar a VM.
Se você for implantar a VM a partir de uma imagem ISO (e não de um modelo de volume de inicialização ou um volume com um SO convidado pré-instalado), selecione a VM, clique em Console e instale o SO convidado utilizando o console VNC interno.
(Opcional) Se você for implantar a VM a partir de um modelo preparado com uma chave SSH injetada, poderá se conectar a ele por meio de SSH utilizando o nome de usuário e o endereço IP da VM:
Para modelos do Linux, digite o nome de usuário padrão para o SO de imagem de nuvem (por exemplo, para uma imagem de nuvem CentOS, o login padrão é
centos
).Para modelos do Windows, digite o nome de usuário que você definiu durante a instalação do Cloudbase-Init.
Para VMs personalizadas com dados de usuário, digite o nome de usuário definido no script.
Por exemplo:
# ssh myuser@10.10.10.10
4.6.3. Visão geral das ações da máquina virtual¶
Depois que você criar uma máquina virtual, poderá gerenciá-la utilizando as ações disponíveis para seu estado atual. Para ver a lista completa de ações disponíveis, clique no botão das reticências ao lado de uma VM ou na parte superior do painel. As ações incluem:
Executar liga uma VM.
Console conecta-se às VMs em execução por meio do console VNC interno. Na janela do navegador do console, envie uma combinação de chaves para uma VM, faça uma captura de tela da janela do console e baixe o log do console.
Reiniciar executa uma reinicialização da VM via software.
Desligar desliga corretamente uma VM em execução.
Reinicialização manual corta e restaura a energia e, em seguida, inicia uma VM.
Desligar força o corte de energia de uma VM.
Arquivar desvincula uma VM parada do nó em que está hospedada e libera seus recursos reservados, como CPU e RAM. Uma MV arquivada permanece reinicializável e retém sua configuração, inclusive os endereços IP.
Máquinas virtuais em outros estados podem ser arquivadas com um clique em Desligar ou em Desligar e marcando a caixa de seleção Arquivar máquina virtual na janela de confirmação.
Desarquivar gera uma VM arquivada em um nó com recursos suficientes para hospedá-la.
Suspender salva o estado da VM atual em um arquivo.
Isso pode ser útil, por exemplo, se você precisar reiniciar o host mas não quiser fechar os aplicativos que estiverem em execução no momento na VM ou reiniciar seu SO convidado.
Retomar restaura a VM do estado de suspensão.
Baixar log do console baixa o log do console. Verifique se o registro em log está ativado na VM, caso contrário, o log ficará vazio (para mais informações, consulte Como ativar o registro em log em máquinas virtuais).
A análise dos logs do console pode ajudar na solução de problemas de máquinas virtuais com falha.
Redefinir o estado redefine a VM presa em um estado de transição ou com falha recuperando seu último estado estável: ativo, desligada ou arquivada.
Excluir remove uma VM do cluster de computação.
Migrar move uma VM para outro nó no cluster de computação (para mais informações, consulte Como migrar máquinas virtuais).
4.6.4. Como ativar o registro em log em máquinas virtuais¶
O log do console da VM conterá mensagens de log somente se os níveis do registro em log TTY1 e TTYS0 estiverem ativados dentro da VM. Por exemplo, você pode ativá-los da seguinte maneira em VMs do Linux:
Adicione a linha
GRUB_CMDLINE_LINUX_DEFAULT="console=tty1 console=ttyS0"
ao arquivo/etc/default/grub
.Dependendo do carregador de inicialização, execute
# grub-mkconfig -o /boot/grub/grub.cfg
ou
# grub2-mkconfig -o /boot/grub2/grub.cfg
Reinicie a VM.
Em VMs do Windows, você pode ativar o redirecionamento do console dos Serviços de gerenciamento de emergência (EMS) para esse fim. Faça o seguinte:
Inicie o Windows PowerShell com privilégios de administrador.
No console do PowerShell, defina a porta COM e a taxa de transmissão para o redirecionamento do console EMS. Como as VMs do Windows só têm a porta COM1 com a taxa de transmissão de 9600 bps, execute:
bcdedit /emssettings EMSPORT:1
Ative o EMS para a entrada de boot atual:
bcdedit /ems on
Você poderá também ativar o registro de log do status da unidade para ver a lista de unidades carregadas. Isso pode ser útil na solução de problemas de uma unidade com problemas ou em processos de inicialização prolongados. Você poderá fazer isso da seguinte maneira:
Inicie a Configuração do sistema com privilégios de administrador.
Na janela Configuração do sistema abra a guia Iniciar, marque as caixas de seleção Informações da inicialização do SO e Torne todas as configurações de inicialização permanentes.
Confirme as alterações e reinicie o sistema.
4.6.5. Como migrar máquinas virtuais¶
A migração de máquinas virtuais ajuda a facilitar os upgrades de clusters e o balanceamento de carga do trabalho entre nós de computação. O Acronis Cyber Infrastructure permite que você realize dois tipos de migração:
Migração fria para máquinas virtuais paradas e suspensas
Migração quente para máquinas virtuais em execução (permite evitar o tempo de inatividade da VM)
Para os dois tipos de migração, uma máquina virtual é migrada entre os nós de computação usando o armazenamento compartilhado, portanto, nenhuma migração de dispositivo de bloco ocorre.
A migração quente consiste nas seguintes etapas:
Toda a memória da VM é copiada para o nó de destino, enquanto a máquina virtual mantém-se em execução no nó de origem. Se uma página de memória da VM for alterada, será copiada novamente.
Quando somente algumas poucas páginas de memória forem deixadas para serem copiadas, as página remanescentes serão transferidas e a VM será reiniciada no nó de destino.
Grandes máquinas virtuais com cargas de trabalho de gravação intensiva gravam na memória mais rapidamente do que as alterações de memória que podem ser transferidas para o nó de destino, dessa forma impedindo a convergência da migração. Para essas VMs, é utilizado o mecanismo de convergência automática. Quando é detectada uma ausência de convergência durante a migração em tempo real, a velocidade de execução da vCPU das VMs é reduzida, o que também reduz a velocidade de gravação na memória da VM. Inicialmente, a vCPU da máquina virtual é reduzida em 20% e depois em 10% durante cada iteração. Esse processo continua até que a velocidade de gravação na memória da VM diminua o suficiente para que a migração seja concluída ou que a vCPU da VM seja reduzida em 99%.
Nota
As máquinas virtuais serão criadas com o modelo de CPU do host por padrão. Ter nós de computação com CPUs diferentes poderá causar problemas de migração. Para evitá-los, defina manualmente o modelo da CPU de todas as VMs, conforme descrito no Guia da linha de comando do administrador.
Para migrar uma VM, faça o seguinte:
Na guia COMPUTAR > Máquinas virtuais > MAQUINAS VIRTUAIS, clique em uma VM para migrar, clique no botão das reticências e escolha Migrar.
Na nova janela, defina o nó de destino:
Automático. Seleciona automaticamente o destino otimizado entre os nós do cluster com base nos recursos de CPU e RAM disponíveis.
Selecione o nó de destino manualmente na lista suspensa.
Por padrão, as VMs em execução são migradas em tempo real. Você pode mudar o modo de migração para offline marcando a caixa de seleção Migração fria. Uma VM será interrompida e reiniciada no nó de destino após a migração.
Clique em Migrar para reservar recursos no nó de destino e iniciar a migração.
O painel de administração exibirá o andamento da migração.
4.6.6. Reconfiguração e monitoramento de máquinas virtuais¶
Para monitorar a CPU, o armazenamento e a utilização de rede das máquinas virtuais, selecione a VM e abra a guia Monitoramento.
Para reconfigurar uma VM, selecione-a e, na guia Visão geral, clique no ícone do lápis a lado do parâmetro que precisar alterar. Você não poderá fazer o seguinte:
Alterar, desanexar ou excluir o volume de inicialização
Gerenciar volumes que não são de inicialização exceto anexar e desanexar
Modificar interfaces de rede adicionadas anteriormente
Anexar e desanexar interfaces de rede em e de VMs arquivadas
Alterar a versão de VMs em execução e arquivadas
4.6.7. Configuração da alta disponibilidade de máquinas virtuais¶
A alta disponibilidade mantém as máquinas virtuais operacionais se o nó em que se encontrarem falhar devido a pane no kernel, falta de energia ou se deixar de ser acessível na rede. O desligamento normal não é considerado um evento de falha.
Importante
O cluster de computação pode sobreviver à falha de somente um nó.
No caso de uma falha, o sistema tentará evacuar as VMs afetadas automaticamente, ou seja, migrá-las offline com agendamento automático para outros nós de computação íntegros na seguinte ordem:
As VMs com o status “Ativa” são evacuadas antes e iniciadas automaticamente.
As VMs com o status “Desligada” serão evacuadas em seguida e permanecem interrompidas.
Todas as demais VMs serão ignoradas e deixadas no nó que falhou.
Se algo bloquear a evacuação, por exemplo, os nós de computação de destino não têm recursos para hospedar as VMs afetadas, essas VMs permanecerão no nó com falha e receberão o status “Erro”. Você poderá evacuá-las manualmente depois de resolver o problema (fornecendo recursos suficientes, associando novos nós ao cluster, etc.). Para isso, clique no ícone das reticências ao lado dessa VM, ou abra seu painel, e clique em Evacuar.

Quando o nó com falha tornar-se disponível novamente, ficará isolado do agendamento de novas VMs no mesmo e poderá ser retornado manualmente à operação. Para isso, clique no botão das reticências ao lado do nó isolado, ou abra seu painel, e clique em Voltar à operação.

Por padrão, a alta disponibilidade para máquinas virtuais é ativada automaticamente após a criação de um cluster de computação. Se necessário, você poderá desativá-la manualmente da seguinte maneira:
Clique na VM para a qual deseja desativar a HA.
No painel da VM, clique no ícone do lápis ao lado do parâmetro Alta disponibilidade.
Na janela Alta disponibilidade, desative a HA da VM e clique em Salvar.

As máquinas virtuais com HA desativada não serão evacuadas para os nós saudáveis no caso de failover.